Alece homenageia medalhistas do Ceará da Olimpíada Nacional em História do Brasil

Por Juliana Melo

 – Foto: Marcos Moura

Na tarde desta sexta-feira (07/11), a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) recebeu estudantes e seus familiares para uma solenidade em homenagem aos medalhistas do Ceará que foram premiados na 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) 2025, realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O excelente desempenho dos estudantes cearenses na competição levou o estado a ser o maior vencedor de medalhas do País: das 81 equipes premiadas na final, 28 equipes são de escolas do Ceará, que levaram quatro medalhas de ouro, oito de prata e 16 de bronze.

O evento, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (Inesp) da Alece, foi solicitado pelo deputado licenciado Renato Roseno (Psol), atendendo ao pedido do professor de História Ricardo Muniz.

“Para nós é muito importante fazer esse reconhecimento, em especial daqueles e daquelas que se dedicaram com muito afinco ao estudo da História do Brasil. A formação social do Brasil é um tema muito importante para que a gente, em compreendendo,  possa transformar o País. O Brasil precisa refletir mais sobre o que ele é, sobre as raízes da escravidão, sobre o racismo estrutural, sobre a desigualdade, sobre a permanência centenária de oligarquias políticas”, declarou Roseno.

O parlamentar reforçou que, mais do que formar para o mercado de trabalho, é necessário formar cidadãos que tenham a exata compreensão da formação do país, criado a partir de relações de poder muito desiguais. Renato Roseno parabenizou os estudantes medalhistas e ressaltou que essa conquista “é, sobretudo, uma grande responsabilidade, porque vocês abraçam agora, junto com professoras e professoras, a responsabilidade de, conhecendo a história do Brasil, transformá-la. Se muito vale o já feito, mais vale o que virá. Parabéns a todos e todos”, concluiu.

Conforme o diretor-executivo do  Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp), João Milton Cunha de Miranda, o evento homenageia os melhores estudantes de História do Brasil, reunindo esses estudantes, com seus familiares, para promover a entrega de certificados e entregar também as medalhas que eles conquistaram na Olimpíada 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), na Unicamp. 

“Esso é um momento muito rico para a Alece e para a nossa sociedade. A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, orientada pelo nosso presidente, Romeu Aldigueri (PSB), faz o reconhecimento do povo do Ceará, e esses estudantes nos representaram de forma brilhante”, celebra.

MEDALHISTAS

 Os medalhistas de ouro, Gustavo Calista do Nascimento, Antônio Lucas Paula Medeiros e Alexia Ramos Magalhães. Foto: Marcus Moura

A estudante do terceiro ano, Alexia Ramos Magalhães, de 17 anos, voltou da competição com uma das medalhas de ouro. Ela conta que já havia participado da olimpíada, mas essa foi a primeira vez que chegou à final e saiu entre os vencedores. 

“Foi incrível. Em todo momento a gente não acreditava que a gente realmente estava na final. Quando saiu o resultado a gente chorou muito, foi incrível. Não tem palavras para descrever o sentimento naquele momento”, declarou.

O medalhista de ouro Antônio Lucas Paula Medeiros, de 17 anos, ressaltou o trabalho em equipe como um dos fatores fundamentais dessa conquista. “É interessante porque em todo o percurso da Olimpíada a gente foi uma equipe, todo mundo do colégio trabalhou junto e se esforçou para a final. Esse sentimento de unidade sempre esteve presente, então, na hora da premiação ele continua, permanece. Porque quando a gente viu nossos amigos ganhando, e a gente também, sempre a gente ficou muito emocionado”, pontuou.

Gustavo Calista do Nascimento, de 17 anos, lembrou que ficou surpreso quando foi avisado que sua equipe foi premiada com a medalha de ouro. “Essa é uma experiência muito boa de estar aqui agora, de ver todo mundo premiado. Ver a força que é do Ceará de estar presente nessa Olimpíada, de ser tão premiado”, celebrou.

E para aqueles que não gostam de estudar História, ele aconselhou: “A história faz muita gente enxergar. Tudo que a gente vê do passado, o que está agora e porque a gente está aqui. É muito sobre a gente buscar entender a sociedade, buscar entender o que se passa, desde a educação, desde a sociedade, desde o mundo global de agora e poder pensar nisso de forma consciente, algo muito interessante que a educação e, principalmente, a História conseguem proporcionar para a gente”, concluiu.

 Juiz Rafael Marcilio Xerez  enaltece esforço dos jovens. Foto: Marcus Moura

O Juiz Rafael Marcilio Xerez  é pai da estudante Valentina de Albuquerque Marcílio Viana Xerez, que recebeu medalha de prata na competição. Ele enalteceu o esforço da filha e das colegas que participaram de sua equipe. “Quando eu vejo esses meninos e meninas, eu vejo a importância desse olhar crítico, porque a gente olha para o passado, a gente reconhece os defeitos do passado e projeta um futuro melhor. Um futuro que evita esses erros. E eu acho que essa posição crítica hoje, no mundo de hoje, é mais importante do que nunca, diante de determinados pensamentos e determinadas condutas que são conservadoras, violentas, perversas, que ameaçam a liberdade, que ameaçam a democracia. E é por isso que eu olho para esses meninos e meninas e vejo plantado no coração deles essa vontade de constituição que vai se transformar numa práxis. Eu tenho certeza que nas mãos de vocês, nas ações de vocês, nós vamos ter um melhor Ceará, um país melhor”, frisou.

Ao final do evento, foram entregues certificados em reconhecimentos às 28 equipes de estudantes cearenses em reconhecimento às conquistas alcançadas na 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) 2025, bem como às escolas e aos professores que orientaram os estudantes.

Também participaram da mesa do evento o secretário executivo da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc/CE), professor Helder Nogueira; o coordenador executivo da coordenadoria especial da Igualdade Racial da  Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Isaac Santos de Sousa; a professora Jéssica de Brito; a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação e Ensino da Livre Iniciativa do Estado do Ceará, Maria das Graças Bringel; o professor Ricardo Muniz; a estudante medalhista Giulia Alves; o diretor de ensino da Organização Educacional Farias Brito, Marcelo Pena; e a mãe de uma dos medalhistas Adriana Silva.

Edição: Clara Guimarães

Fonte: Assembleia Legislativa do Ceará

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