Ópera conta saga da família Rubens Paiva e atrai milhares à praia de Copacabana

Viabilizada pela Lei Rouanet, a adaptação musical da obra Feliz Ano Velho integra celebração de 25 de orquestra mineira    

Agência Gov | via MinC

04/07/2025 08:00

Ópera conta saga da família Rubens Paiva e atrai milhares à praia de Copacabana

Rapha Garcia/OOP

Espetáculo tem letra e música compostas por Tim Rescala

Das telas de cinema e televisões para a praia de Copacabana, a história de Eunice e Rubens Paiva foi recontada para milhares de cariocas pela Orquestra de Ouro Preto no último final de semana. Em formato de ópera, a nova adaptação do livro Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, integra a programação de eventos em celebração dos 25 anos de existência da orquestra mineira.

Para o regente e maestro da orquestra, Rodrigo Toffolo, poder oferecer ao público, de forma gratuita, uma obra de ópera reforça a importância da democratização ao acesso à cultura. “Poder viabilizar nossos concertos em praças públicas, seja no interior de Minas Gerais, passando pela praia de Copacabana e indo até o norte do país mostra um caminho para além de abrir as portas da música orquestral a todos que queiram nos ouvir, mas também faz com que os recursos do da Lei Rouanet sejam transformados em investimento na imensa cadeia do terceiro setor”, destacou.

No total, a Orquestra Ouro Preto já captou mais de R$ 77,9 milhões de recursos por meio da Lei Rouanet ao longo da sua trajetória. A apresentação é a terceira adaptação literária do grupo para o formato de ópera. A primeira foi de “Auto da Compadecida”, em 2023, e a segunda “Hilda Furacão”, em 2024.

O compositor Tim Rescala, autor da música e do libreto da ópera, ressaltou a importância das políticas públicas para viabilizar projetos culturais de grande porte de forma gratuita. “É um privilégio imenso poder apresentar uma ópera brasileira na Praia de Copacabana para um público tão diverso e numeroso. Esse projeto só existe porque temos políticas públicas sérias de cultura. Sem esse apoio do Estado, seria impossível oferecer um espetáculo dessa magnitude gratuitamente para o público”, afirmou.

Sobre a temática da obra, Tim explicou: “escolhemos contar a história do Marcelo Rubens Paiva porque ela fala de superação, da condição de cadeirante, de perdas familiares. Todos os temas que tocam profundamente a todos nós brasileiros”. E completou destacando o caráter de inovação do projeto. “Pela primeira vez, temos artistas cadeirantes integrados organicamente no elenco. Isso não é caridade, é arte de verdade, e só foi possível porque o poder público entendeu nossa visão”.

As violinistas da orquestra, Mara e Marina Toffolo, ressaltaram a emoção de participar da apresentação nas areias de Copacabana e como o espaço é, também, símbolo da democratização da cultura. “É o cartão postal do Brasil! Não tem alegria maior poder trazer nossa música para este espaço tão democrática que é Copacabana”, destacou Marina.

“É nossa língua, nossa comida, nossa arte. Ver uma história brasileira transformada em ópera, cantada em nossa língua nas areias de Copacabana, não há nada mais representativo do que isso”, complementou Mara. “Quando unimos música e literatura, é mágico. A cultura salva a sociedade, e este projeto é a prova disso. É um somatório feliz que nos faz amar ainda mais nossa arte brasileira”, narrou.

A montagem também traz no elenco principal Johny França como Marcelo Rubens Paixa, Jabez Lima no papel de Rubens Paiva e Marília Vargas como Eunice Paiva. O cantor e compositor paulista Arrigo Barnabé aparece em cena em uma participação autobiográfica

No segundo dia das apresentações, a Orquestra Ouro Preto retornou à Copacabana para apresentar a energia do samba e da folia carnavalesca. Ao todo, foram duas apresentação: uma ao lado da cantora carioca Mart’nália e outra com o Bloco do Sargento Pimenta.

Fonte: Governo Federal

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